Um passeio pelo Rio Sena a bordo do Batobus, sistema que permite subir e descer do barco quantas vezes o passageiro quiser dentro da validade da passagem. O percurso abrange um circuito de vai da Tour Eiffel dá a volta a Île St. Louis e volta para o ponto de partida, onde o circuito se inicia novamente.
Na área de Paris o Rio Sena é atravessado no dias de hoje por 35 pontes, o passeio com o Batobus segue por baixo de 23 pontes e passarelas.
Na área de Paris o Rio Sena é atravessado no dias de hoje por 35 pontes, o passeio com o Batobus segue por baixo de 23 pontes e passarelas.
As pontes do Sena evoluíram com o tempo e se tornaram somente pontes, pois na idade média algumas delas também eram usadas como base para edificações, casa e lojas, como mostra o desenho antigo da Île de La Cite em 1609 abaixo (este tipo de uso de pontes foi banido em Paris por um édito no fim do século XVIII)
O mesmo ocorreu em várias outras cidades européias como, por exemplo, Londres, Roma e Florença. Restaram poucos exemplos deste uso das pontes nos dias de hoje, mas Florença ainda possui uma ponte assim a “Ponte Vecchio” um belo exemplo de ponte medieval, como se pode ver na foto atual abaixo que mostra a ponte inserida no contexto desta linda cidade italiana:
As pontes também serviam para fronteiras de cobrança de pedágios, incluindo aqueles pela pura e simples passagem de pessoas. Como curiosidade a “Pont au Double” na Île de La Cite recebeu este nome devido à diferente tarifa paga pelas pessoas que passavam por ela. Uma das versões históricas comenta que os pacientes do hospital Hotel-Dieu próximo (o mais antigo hospital de Paris) pagavam tarifa simples e para quem não era paciente a tarifa dobrada...
As pontes sempre foram objetos estratégicos e muitas vezes de ostentação. Para verificar o percurso feito pelo Batobus e ver os nomes das pontes na sua seqüência ai vai um breve vídeo para facilitar as coisas:
No caso ora relatado o passeio foi iniciado e concluído na altura da Pont D’Iena, na altura da Tour Eiffel, e a partir se passou por baixo das pontes na seqüência mostrada no vídeo acima, se bem que o sistema do Batobus permite entrar e sair em qualquer uma de suas paradas.
Cada uma das pontes e passarelas tem a sua história de evolução através dos séculos e na maioria dos casos a ponte que se vê nos dias de hoje é totalmente diferente de suas versões anteriores. Algumas pontes têm aspectos especiais como àquelas que serão rapidamente comentadas a seguir:
Cada uma das pontes e passarelas tem a sua história de evolução através dos séculos e na maioria dos casos a ponte que se vê nos dias de hoje é totalmente diferente de suas versões anteriores. Algumas pontes têm aspectos especiais como àquelas que serão rapidamente comentadas a seguir:
Uma das mais belas pontes fluviais do mundo é sem dúvida a Pont Alexandre III . Esta ponte foi inaugurada pelo último Tzar russo, Nicolau II, que também foi quem colocou a primeira pedra fundamental, em 1900 para comemorar a aliança Franco-Russa. O seu nome é uma homenagem à memória do pai de Nicolau II. Atravessa o La Seine entre os 7o e 8o distritos (arrondissements), da Esplanade des Invalides à Avenida Winston Churchill, que conduz à Avenida Champs-Elysées. A sua colocação permite uma vista verdadeiramente privilegiada, e permite passeios maravilhosos com qualquer tempo.
A construção da ponte, num misto de estrutura pré-fabricada em aço e concreto, projetada pelos arquitetos Résal e Alby, levou quase três anos. A estrutura pré-fabricada depois de produzida numa fábrica distante foi transportada e montada por um grande guindaste.
Uma das exigências para a ponte era que não deveria obstruir a vista entre os Invalides e os Champs-Elysées. Isto levou a um projeto de uma ponte muito baixa com 40 metros de largura e um lance único de 107.5 metros de comprimento e uma altura de somente 6 metros.
Nas fotos da composição abaixo podem ser vistas algumas das esculturas, detalhes decorativos e postes com luminárias ricamente ornamentadas da ponte. Diversos artistas contribuíram para esta obra-prima, como Henri Désiré Gauquié, Léopold Morice, Abel Poulin e Grandzlin. As quatro colunas altas com as estátuas douradas em seus topos são uma das características originais desta ponte maravilhosa.
Uma das pontes especiais do Sena e a Pont Neuf (Ponte Nova) cujo nome hoje em dia pode levar a enganos, acontece que ela é a mais antiga das pontes do Sena (todas as outras são construções ou reconstruções mais recentes do que isto). Ela não foi terminada antes que 1604 sob o reinado de Henrique IV, em seqüência às dificuldades no financiamento, perturbações de Guerra de Religiões e outras desordens políticas. Os trabalhos, dirigidos inicialmente pelo arquiteto Baptiste Androuet du Cerceau, seguido por Guilherme Marchant, duraram 30 anos.
Os trabalhos foram interrompidos pelas guerras de Religião, de 1588 para 1599. Henrique IV, que inaugurou a obra em 1607, batizou esta ponte com o nome Pont Neuf , nome que atravessou os séculos. Foi a primeira ponte de pedra sem casas, guarnecida com calçadas. Descansa sobre 12 arcos em alvenaria, sendo sete sobre o grande braço do Sena e cinco sobre o pequeno braço. Os seus flancos são ornados de 381 mascarons, espécies de máscaras com caretas (grimaçantes), umas diferentes das outras.
Ainda falando do aproveitamento das pontes como sustentação de casa e comércio na idade média há o exemplo da Pont au Change, situada no braço direito, cruza o Sena de Chatelet até a Île de la Cité. Ganhou o nome de Pont au Change (Ponte da Troca) devido a todos os tipos de negócio que eram feito na ponte antiga, na idade média, em que os ourives e os agentes de câmbio construíram suas lojas e casas sobre a ponte. Convém lembrar que o negócio na base da troca, escambo, era muito difundido naqueles tempos, daí a Pont au Change. Em um quadro antigo se pode ter uma visão incrível do que isto queria dizer. No que se refere à ocupação do espaço sobre a ponte. A ponte atual remonta a 1859, mal dá para acreditar como é que a ponte conseguia ficar em pé com toda aquela carga.
Como já foi dito, cada ponte, cada passarela, tem sua história para contar, é um mundo próprio este das Pontes do Rio Sena, mas vamos fazer o passeio de barco e conferir como elas estão hoje em dia, em muitos casos muito diferentes de suas ancestrais passadas:
O fundo musical é música de acordeon, executado por André Verchuren, uma lenda francesa no que se refere a este instrumento. Ele executa várias peças de seu vastíssimo repertório.
Na apresentação do mapa de percurso da rota do Batobus o fundo musical é a musica “La Belle Vie” cantada pelo autor Sacha Distel.
Na apresentação do mapa de percurso da rota do Batobus o fundo musical é a musica “La Belle Vie” cantada pelo autor Sacha Distel.